Emoção! Pedro Barroso fala sobre o período da dependência das drogas: “Há um lado meu que se parte, há um lado de impotência…”

Nesta quarta-feira, dia 11 de maio, foi para o ar a entrevista de Pedro Barroso à mãe, Ana, no programa “Júlia”, da SIC. Entre os diversos assuntos, o ator recordou o período difícil que viveu para batalhar contra o vício das drogas.

Pedro Barroso revelou que viveu um período conturbado da sua vida. Há alguns anos, o ator teve de lutar contra o vício das drogas, mais concretamente, a cocaína.

O ator entrevistou a mãe, Ana, e pediu para que esta explicasse como olhou para o ator nesse período complicado: “É um momento que é difícil, para todos os pais, para a família, mas eu às vezes imaginava que tinha ficado sem braços. Não tens braços para ajudar, para puxar… Há um lado meu que se parte, há um lado de impotência, de não querer pensar. Mas ao mesmo tempo há um lado melhor que é acreditar na vida e desistir raramente é opção para o que quer que seja. Fiquei triste por ti”, explica.

A mãe do ator revela que esteve sempre ao seu lado e que nunca teve vergonha do filho: “Eu não conheço ninguém que não tenha batido de frente no mundo uma vez na vida, que não tenha chorado, mas nunca aceitei que tu desistisses.  O resto posso te dizer assim não tive vergonha, tinha vergonha se fosses imbecil, ladrão ou criminoso. O mundo está pejado de gente sem desculpas para aquilo que é. E no teu caso e no de pessoas que tive e que perdi. Já perdi pessoas que me foram queridas, mas quanto a ti não quis aceitar que desistisses do que quer que fosse. Sinto-me muito grata por teres tido essa força interior de seguir em frente“.

Em 2018, Pedro Barroso iniciou os cinco meses de tratamento para combater o vício, altura em que gravava para a novela “A Herdeira”, da TVI: “Claramente, o teu papel e todas as pessoas que nos rodearam na altura, foram muito importantes para mim, fazer-me sentir normal, fazer-me sentir que é um lugar comum para muitas pessoas. E que é possível superar”, explicou à mãe.

O ator  revela que a união da família foi importante para ultrapassar este momento: “Esse vosso trabalho, essa vossa união foi muito importante. Há pessoas que é impossível eu esquecer, foram elas também as responsáveis pela minha vontade. Na altura quando me deram 21 dias para lá estar e voltar, e gravar o projeto, sair. A minha opção foi querer ficar, podia sair quando quisesse, eu quis ficar 5 meses. Era altamente exigente estar em tratamento e sair todos os dias para gravar, com a intensidade do que o projeto que era e gravava muitas horas por dia”.

Veja aqui a entrevista completa.