Emoção! Helena Sacadura Cabral desabafa sobre morte do filho: “Já não é luto… é uma ausência”

Helena Sacadura Cabral concedeu uma entrevista emotiva a Cláudio Ramos, que foi exibida esta sexta-feira, 29 de abril, no programa da TVI “Dois às 10”. A dada altura, e porque este domingo, dia 1 de maio, se assinala o Dia da Mãe e o dia do aniversário do seu filho, Miguel Portas, que partiu em abril de 2012, a escritora ‘abriu o coração’ sobre a partida do político.

Helena Sacadura Cabral considerou que tanto a mãe como o seu filho “estão muitíssimos presentes” em si e destacou depois que nunca se zangou com Deus, explicando de seguida: “Zanguei-me com Deus? Não. Tenho uma noção muito concreta de que os filhos são um empréstimo de Deus e, portanto, eu todos os dias sei que um dia posso ficar sem eles”, admitiu, referindo que foi com a ajuda do padre José Tolentino que chegou a este pensamento e que reforçou a sua fé.

“A morte de um filho é uma coisa mais íntima que há”

A escritora referiu que o facto de Miguel Portas ser um político conhecido e acarinhado pelo público fez com que, no funeral, na despedida do filho, fosse “muito violento” ter que partilhar a dor com todo um país.

“(…) Eu não saí de ao pé do caixão nem para fazer xixi. Eu não assisti à morte do meu filho, eu assisti à morte do político Miguel Portas e era uma multidão (…) eras as televisões, era tudo”, recordou.

Sobre o luto, Helena Sacadura Cabral revelou que não conseguiu chorar “durante meses”: “Eu chorei o Miguel 5 anos depois, desses 5 anos até é que a morte do Miguel é mais dura porque, pela primeira vez, há 5 anos (…) não era saudade, é uma sensação de ausência”, confessou.

Cláudio Ramos recuperou depois um excerto de um bonito texto escrito por Helena Sacadura Cabral sobre o filho, a propósito da estreia de um filme, e no final, em lágrimas, a escritora deixou um desabafo, precisamente sobre o que sente agora sobre a partida de Miguel Portas.

“É isso que eu sinto. É exatamente isso que eu sinto. É uma ausência. Era como se tu perdesses a tua filha, durante um período tu ficavas tonto, tudo se desequilibrava (…)”, terminou, em lágrimas.

Ora veja.

 

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