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Eleições de 2019 com plano europeu para tentar travar perturbações nas redes sociais
O Centro Nacional de Cibersegurança vai colaborar, em 2019, numa iniciativa europeia para “mitigar os problemas” com eventuais perturbações nas eleições ao Parlamento Europeu.
Lisboa, 21 abr (Lusa) — O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) vai colaborar, em 2019, numa iniciativa europeia para “mitigar os problemas” com eventuais perturbações nas eleições ao Parlamento Europeu como as que afetaram os EUA ou o referendo no Reino Unido.
Em entrevista à agência Lusa, o coordenador do CNCS, Pedro Veiga, admitiu que Portugal “não está imune” a este tipo de problemas de contrainformação nas redes sociais, como as que podem ter afetado as eleições presidenciais que deram a vitória de Donald Trump, em 2016, ou o referendo da saída do Reino Unido da União Europeia, o “Brexit”.
Pedro Veiga explicou que, “por causa do histórico de perturbação de atos eleitorais a nível mundial, pretende-se que isso não aconteça na Europa”, estando a Comissão Europeia “a dinamizar um conjunto de atividades” para “mitigar os problemas que possam existir”.
“É uma nova dimensão de preocupação”, assume o responsável português, embora distinguindo os casos de contrainformação dos problemas que, normalmente, são tratados no CNCS, enquanto centro nacional de resposta a incidentes de cibersegurança, durante as campanhas eleitorais, desde 2016, na “sala de situação”.
Os casos mais frequentes detetados pelos técnicos na “sala de situação”, explicou Pedro Veiga, têm sido os de “defacing” de páginas na Internet (mudar a aparência dos “sites” de partidos ou candidatos), ou ainda “ataques” que impedem o acesso de “sites” devido a “volumes de tráfego muito elevados”.
Em 2019, como em outras campanhas, o objetivo central dos técnicos da “sala de situação” é proteger as infraestruturas de apoio ao processo eleitoral, que serão dois, em maio as europeias e as legislativas, ainda sem data marcada.
O Facebook tem estado no centro de uma polémica internacional associada com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores daquela rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, nomeadamente nas últimas presidenciais norte-americanas, que ditaram a eleição de Donald Trump, e no referendo sobre o ‘Brexit’ (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).
Em Portugal, o número de utilizadores afetados poderá rondar os 63.080.
Na entrevista à Lusa, o coordenador do CNCS, professor universitário e um dos pioneiros da Internet em Portugal, afirmou que a resposta para evitar os efeitos deste tipo de casos é a informação e a capacitação dos cidadãos, porque “muitos problemas resultam da ingenuidade das pessoas”.
Pedro Veiga aconselhou as pessoas a estarem “mais atentas” sobre o que partilham nas redes sociais que pode pôr em causa a sua privacidade.
E deixou ainda o alerta de que, nas redes sociais, “muita informação é falsa e visa atividade criminosas, quer de desinformação quer para aliciar jovens para aliciar jovens com mentira e fotografias falsas”.
É preciso os cidadãos “não fazerem erros básicos, de divulgar tudo nas redes sociais, e não acreditarem em tudo” o que leem, insistiu.
NS (SCA/ICO) // ZO
Lusa/fim
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