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Dino D’Santiago “promete” cuidar da mãe de Nuno Guerreiro: “Faremos com que ela te sinta…”

Dino D’Santiago homenageou Nuno Guerreiro através de um poema, onde “promete” cuidar da mãe do cantor.

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Dino D’Santiago “promete” cuidar da mãe de Nuno Guerreiro: “Faremos com que ela te sinta…”
Reprodução/Instagram Dino D'Santiago | Imagem Dino D'Santiago (à esquerda): Anderson Santana

Nuno Guerreiro morreu esta quinta-feira, 17 de abril, aos 52 anos, vítima de uma infeção grave, conforme noticiámos aqui. Dino D’Santiago reagiu à morte do amigo e colega de profissão.

O artista publicou no seu Instagram um poema dedicado a Nuno Guerreiro, onde “promete” cuidar da mãe do amigo, que completou 81 anos no primeiro dia de 2025: “Prometo-te: faremos com que ela te sinta / em cada gesto nosso, / em cada frase onde o teu nome ressoe, / como uma nota sustentada no ar”.

Recorde-se que Dino D’Santiago nasceu em Quarteira, cidade algarvia que pertence ao Município de Loulé, de onde era natural Nuno Guerreiro.

O algarvio nasceu a 5 de setembro de 1972 e teve uma carreira marcada pelas sonoridades soul e rhythm & blues. Integrou a banda ‘Ala dos Namorados’ como vocalista principal e foi no grupo que alcançou maior reconhecimento a nível nacional. Nuno Guerreiro participou em vários projetos musicais e estava, há cerca de um ano, na equipa do Cineteatro Louletano.

Leia o poema e veja a publicação:

“Num dia, foste corpo internado.
No outro, notícia e ausência.
Assim, como quem desata devagar os nós do tempo, soltaste o espírito do invólucro onde habitava o teu nome, e deixaste-nos órfãos de ti.

Partiste a 17 de Abril,
num calendário que te conhecia íntimo,
mas sem o beijo no cravo que esperavas dar.
Logo tu, que tanto celebravas a liberdade
essa flor que nasce da luta e floresce em vozes.

O teu silêncio é agora um outono que não cede à primavera.
Um sopro que levanta folhas secas do que fomos,
e as espalha pela inquietação do que ainda somos.

Vi-te erguer, com mãos de artista e coração de combatente,
a dignidade dos que criam sem salário certo,
dos que envelhecem sem monumento,
dos que, como tu, recusam ser
mobília abandonada nas salas da cultura.

Em Loulé, tornaste-te farol
e ao saber que partilhávamos chão de nascimento,
eu, confesso, ganhei orgulho de raiz.

Agora, sei: do lugar onde passaste a habitar
não mais carne, mas claridade
o teu cuidado permanece.
Não por ti, que já és sossego.
Mas por Ela, tua Mãe, tua Rainha.
Esse amor primeiro que te moldou,
e por quem ainda hoje te deixarias ficar.

Prometo-te: faremos com que ela te sinta
em cada gesto nosso,
em cada frase onde o teu nome ressoe,
como uma nota sustentada no ar.

A tua luz não será memória —
será presença.

Até um dia, irmão”.

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