Curva da Vida: Catarina Miranda recorda aborto: “Um bocado de mim morreu naquele dia…”

A gala do Big Brother 2024 deste domingo, dia 12 de maio, contou com a partilha da ‘Curva da Vida’. Catarina Miranda foi a décima concorrente desta edição que recordou os momentos que mais marcaram a sua vida até ao momento.

“Sempre pude viajar muito e conhecer o mundo, nunca me faltou nada. Às vezes até era demais. Mas no dia em que o meu irmão nasceu, o meu pai durante toda a minha infância sempre fez a distinção entre mim e o meu irmão. Sentia-me com falta de atenção porque era isso que eu queria, a aprovação dele. Nunca tive“, começou por recordar.

O sonho de Catarina Miranda era ser manequim e famosa e foi a mãe que disse que “o melhor” era tirar um curso de cozinha. No primeiro exame para entrar na escola, recebeu o primeiro não. A concorrente esteve para ir para Angola com o pai, mas isso nunca aconteceu: “Nós descobrimos que ele tinha um caso e a minha mãe, mais tarde, tentou ir a Angola para resolver o problema. Mas não havia mesmo volta a dar“, partilhou.

Catarina recordou de seguida: “A minha mãe não tinha muito dinheiro para comer, porque o dinheiro não chegava. Os meus avós é que emprestavam dinheiro para ajudar nos primeiros tempos, enquanto o dinheiro não chegava cá. Todos os dias pedia dinheiro e ela não podia dar“.

A concorrente detalhou a experiência no seu primeiro estágio em cozinha: “Durante o meu primeiro estágio, no primeiro ano da escola, eu tive o meu primeiro namorado e, mais tarde, começámos a viver juntos. E, de repente, estava sozinha num restaurante em Lisboa e tinha um chefe muito complicado. Namorando com um dos cozinheiros dele, ele dizia que as mulheres estragavam os cozinheiros. Eu era praticamente enxovalhada todos os dias, sentia-me péssima. Por namorar com ele, pagava um preço um bocadinho mais alto“.

No segundo ano do curso, ganhou um prémio de gastronomia e esta foi a primeira vez que ganhou alguma coisa na sua vida. Depois, Catarina foi trabalhar para um chef que tinha um restaurante onde paravam cruzeiros. Nesta altura, conseguiu ingressar nesse meio ao entrar numa outra escola em que o curso foi pago por uma raspadinha que a avó ganhou: “Acho que foi o dinheiro mais bem gasto da vida dela, pelo menos é o que ela diz“, afirmou.

Em Inglaterra, Catarina viveu na cidade de Hull e conseguiu ficar como chef de três secções num espaço de três semanas: “Isso fez a minha vida um inferno. Houve um dia em que fui escalada para ir para o melhor restaurante do cruzeiro. Um senhor, quando soube que tinha tirado o lugar à mulher dele, ele queria fazer-me mal no elevador, queria agredir-me. E se o elevador não abrisse a tempo, não sei o que teria acontecido. Foi muito duro“, desabafou.

Catarina passou a trabalhar numa companhia de luxo, na Suíça. Depois disso, e com o aparecimento da pandemia Covid-19, a concorrente voltou para Almeirim e abriu a sua primeira empresa. Neste processo, conheceu uma pessoa e acabou por engravidar: “Houve um rapaz que eu achava muita graça desde sempre, é um amigo de família. Começámos a sair e houve um dia em que eu começo a sentir-me mal. Estava grávida de quase três meses, sendo que nós já tínhamos terminado esta relação. Eu engravidei na última noite que tive com ele, queria muito ser mãe, mas ele não queria assumir. Foi a primeira vez na vida que sofri de depressão“.

Em virtude deste episódio, e depois da avó lhe comunicar que tinha de sair de casa por vontade do avô caso tivesse o filho, Catarina decidiu abortar: “Eu tinha a conta a zeros, o melhor era fazer o aborto. Eu não morri, mas um bocado de mim morreu naquele dia“, confessou.

A concorrente contou que participou num programa de cozinha, o ‘Hell’s Kitchen’, na SIC, em 2022: “Eu queria muito ganhar, mas naquela competição eu sabia que não ia ganhar. Eu fui a vilã, as pessoas falavam mal de mim sem me conhecer. Acho que, nesta altura, o que me valeu foi eu saber realmente quem eu sou“, considerou.

Depois desta experiência, Catarina conheceu um rapaz búlgaro e os dois viveram uma relação, que foi interrompida pela entrada no Big Brother: “Comecei a sentir algo por ele que eu nunca tinha sentido. Foi a partida mais dolorosa no dia em que eu saí do cruzeiro e ele não se foi despedir de mim porque não conseguiu. Gostava mesmo dele e gosto. Ficámos em stand by para ver o que ia acontecer. Decidi arranjar trabalho na Arábia Saudita para nós, mas durante este percurso as inscrições para o Big Brother apareceram“, finalizou.

Veja aqui a ‘Curva da Vida’ de Catarina Miranda.

 

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