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Cristina Ferreira deixa nova mensagem após expressão mal-interpretada: “A culpa é sempre do homem que agride…”

Cristina Ferreira deixou claro que não pretende “culpabilizar a mulher”…

Publicado

em

Reprodução TVI

Após esclarecer nas suas redes sociais que a utilização da expressãoAí, se calhar, é que se pôs a jeito para que isto acontecesse” foi “retirada do contexto” e levou a más-interpretações, Cristina Ferreira deixou nova mensagem na rubrica de atualidade criminal do programa ‘Dois às 10’, da TVI, desta terça-feira, 3 de junho.

Nós quando partilhamos, já fazemos este trabalho há muitos anos, aqui muitas histórias e muitos pormenores dessas histórias e quando deixamos aqui alertas, tem a ver com o facto de já termos aqui tido várias histórias de mulheres que, mesmo já depois de agredidas, mesmo depois de terem feito queixa, que abrem a porta a quem vai lá, voltam a receber“, começou por dizer.

Neste sentido, a apresentadora considerou: “E é óbvio que aquilo que nós temos que dizer a essas mulheres, porque já analisámos aqui centenas e centenas de casos, que a situação de dependência emocional é muito difícil de gerir e é muito difícil a quem está à volta tirar a pessoa dessa dependência. E por isso mesmo, temos que ser nós aqui, este trabalho é feito, não é por acaso que um é advogado, outro é inspetor e o outro é psicólogo, para que se juntem as peças todas e alertar as mulheres nesse sentido“.

Depois, Cristina Ferreira exemplificou: “Eu tenho que dizer isto, eu marco um encontro num Tinder, no que quer que seja, com uma pessoa que não conheço de lado nenhum, o alerta ontem era este, convém avisar uma amiga minha e dizer: “Eu vou a este encontro, vou aquele sítio, a tal local, porque eu não sei quem é a outra pessoa”. E estamos a viver um tempo tão perigoso de não sabermos quem é o outro, em quem confiar, o que é que o outro é capaz de fazer, já aqui dissemos, os assassinos eram todos boas pessoas até ao dia em que matam. E isto não é culpabilizar a mulher, a culpa é sempre do homem que agride, isto tem a ver com o que nós estatisticamente sabemos que vai acontecendo história após história“.

Mais à frente da rubrica, a apresentadora voltou a deixar claro o seu ponto de vista: “Isto é um assunto sério demais, é um assunto que nós combatemos há muitos anos, hoje em dia o uso das palavras, muitas vezes, é desviado, há coisas que nós dizemos aqui em direto, dizemos todos os dias e corremos o risco de dizer coisas que, às vezes, são erradas. Mas sabemos todos a intenção e basta perceber as coisas todas para se perceber a intenção. E acho que quem nos conhece sabe muito bem qual é que é a nossa posição, sabe muito bem qual é que é o nosso comportamento em relação a esses temas e, portanto, não faz sentido“.

Já sobre as críticas de que foi alvo nas redes sociais, visto que a utilização da expressão em causa foi mal-interpretada, Cristina Ferreira deu resposta: “Eu queria mesmo é que todos os dias eu, se calhar, enquanto mulher, olhasse para a minha amiga e visse o que ela está a passar, olhasse para o meu amigo e visse o que é que ele está a passar e tivesse a capacidade de a tirar de uma situação, muitas vezes, de violência. Mas às vezes é muito melhor escrever coisas e apontar dedos a quem supostamente cometeu um erro. Eu lamento, mas esta é a minha posição e quem me conhece sabe, eu acho que é muito mais fácil crescer no amor do que crescer no ódio. Infelizmente, as partilhas todas que foram feitas ontem não serviram para nada no combate à violência, lamento!“.

Para rematar, a apresentadora reforçou: “O que é certo é que nós vamos continuar a fazer o nosso trabalho aqui diariamente, com erros e sem erros, mas sempre com um propósito: de evoluir a sociedade, de evoluir os comportamentos, porque se olharmos bem para o retrocesso que tivemos nos últimos tempos, se calhar, temos que começar a perceber que não o estamos a fazer a melhor maneira“.

Veja o vídeo aqui.

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