Segue-nos
PUBLICIDADE

Actualidade

Conselho de Ministros aprova nomeação de Sampaio da Nóvoa para a UNESCO

O Conselho de Ministros aprovou hoje Sampaio da Nóvoa para a chefia da missão permanente de Portugal junto da UNESCO, depois de os diplomatas terem contestado esta escolha do Governo.

Publicado

em

Por

Conselho de Ministros aprova nomeação de Sampaio da Nóvoa para a UNESCO

Lisboa, 08 fev (Lusa) – O Conselho de Ministros aprovou hoje a nomeação de Sampaio da Nóvoa para a chefia da missão permanente de Portugal junto da UNESCO, depois de os diplomatas terem contestado esta escolha do Governo.

“Foi proposta a nomeação de António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa para a chefia permanente de Portugal junto da Organização para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)”, informa o comunicado do Conselho de Ministros de hoje.

Esta decisão de escolher o professor e antigo candidato presidencial Sampaio da Nóvoa já tinha sido contestada, na terça-feira, pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, que manifestaram “completa surpresa e estranheza” perante esta escolha.

Os diplomatas pediram ao Governo que reconsiderasse esta escolha, mas o executivo garantiu então “que o processo seguirá o seu curso”.

Contactado pela Lusa, o presidente da assembleia-geral da associação, o embaixador Manuel Marcelo Curto considerou que “para um posto diplomático, nomeia-se um diplomata”.

Já na quarta-feira, o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, sublinhou que quem escolhe os embaixadores é o Governo e “não uma classe profissional” e indicou que Sampaio da Nóvoa, nomeado para representar Portugal na UNESCO, será o único “embaixador político”.

“A nomeação de embaixadores que não são diplomatas, na tradição portuguesa, que é uma boa tradição, é absolutamente excecional. Com a sua nomeação, o professor Sampaio da Nóvoa será o único chefe de missão que não é diplomata”, afirmou então aos jornalistas Augusto Santos Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu também que “a tradição portuguesa é também reservar ou apenas indicar os chamados embaixadores políticos para organizações multilaterais como o Conselho da Europa, OCDE ou a UNESCO” e, “quando o têm feito vários governos, os resultados têm sido positivos”.

O Governo decidiu reabrir este posto, encerrado em 2012 pelo anterior executivo, na sequência da eleição do país para o conselho executivo deste organismo.

Em declarações à Lusa na semana passada, quando foi conhecida a decisão do executivo, Augusto Santos Silva sublinhou que a escolha de Sampaio da Nóvoa se deveu, entre outras razões, ao facto de o ex-reitor ser uma “autoridade internacionalmente reconhecida” na educação.

Para o ministro dos Negócio Estrangeiros, o convite do Governo ao professor António Sampaio da Nóvoa assentou em “três razões essenciais”, nomeadamente a de ser “uma autoridade internacional” na educação, “uma das áreas fundamentais na missão da UNESCO”.

Além disso, o executivo entende que Sampaio da Nóvoa “combina a sua experiência como académico e perito nas áreas da educação e da ciência” com uma experiência “não menos relevante de gestão e direção em instituições culturais, científicas e académicas”, nomeadamente como reitor, durante vários mandatos, da Universidade de Lisboa.

Santos Silva também apontou a experiência do professor universitário na própria organização, para a qual tem trabalhado como perito.

JF (JH/NVI/SCA) // ZO

Lusa/fim

TRENDING