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Catarina Furtado sobre guerra em Moçambique: “A comunidade internacional tem de se impor”
Catarina Furtado fala sobre a situação em Cabo Delgado, Moçambique. Apresentadora apela à comunidade internacional e a “cada um de nós” que “tem de se fazer ouvir”.
Este sábado, 10 de abril, Catarina Furtado recorreu às redes sociais para sensibilizar a população para o problema de Moçambique e incentivar a agir.
Embaixadora da UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas – a apresentadora usa frequentemente a sua voz e as plataformas digitais para apelar a questões sociais e humanitárias. Depois de receber um vídeo sobre a guerra em Cabo Delgado, Moçambique, Catarina Furtado assume ter ficado “transtornada ao ponto de vomitar” e decidiu falar sobre o assunto.
“Pode parecer que nada tem a ver connosco, mas tem. Enquanto humanidade partilhada é absolutamente obrigatório querermos saber e ficarmos indignados, chocados, comovidos. Recolhermos as informações necessárias para que possamos agir”, começou por apelar.
“Centenas de mulheres e crianças decapitadas. Filhos a assistirem ao assassinato das suas mães, algumas com bebés às costas. Homens mortos sem pestanejar. Infraestruturas totalmente destruídas. A religião está a ser mais uma vez instrumentalizada”, acrescentou a apresentadora.
A comunidade islâmica moçambicana garante que não é responsável por estes ataques. “As armas utilizadas vêm de fora do país. Interesses económicos, manifestações de poder, insurgência”, afirma a apresentadora. “Estão a ser utilizados fatores sociais e políticos, económicos e religiosos para o recrutamento de jovens”, completa.
A apresentadora apela para que se dê mais atenção ao problema, uma forma de pressionar o poder político e a comunidade internacional a impor-se face à guerra em Cabo Delgado. “A comunidade internacional tem de se impor. Cada um de nós tem de se fazer ouvir! Nunca conseguiria mostrar-vos o vídeo que recebi mas precisava que todos o vissem… Façamos o que temos de fazer! Exigir a paz”.
O norte em Moçambique está a ser palco de uma violenta guerra desde 2017, com ataques organizados por grupos islâmicos extremistas. A vila de Palma, na província de Cabo Delgado, recentemente atacada, chamou a atenção do Ocidente para o conflito, devido às primeiras mortes de estrangeiros. Catarina Furtado destaca que “desde 2017 já morreram mais de 2.000 pessoas e cerca de 700 mil foram obrigadas a deslocar-se”.
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