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Caso Marega: Ângelo Rodrigues arrasa “adeptos medievais vimaranenses”

Com a camisola do FC Porto vestida, o actor condenou os insultos racistas de que foi alvo Moussa Marega

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Caso Marega: Ângelo Rodrigues arrasa “adeptos medievais vimaranenses”
Angelo Rodrigues | Instagram

Ângelo Rodrigues recorreu ontem à sua conta no Instagram para denunciar “adeptos medievais vimaranenses” que, segundo o actor, “acreditam que o mundo se divide em duas cores”.

Com uma camisola do Futebol Clube do Porto vestida, Ângelo Rodrigues partilhou um longo texto onde se pronuncia sobre os cânticos racistas de que foi alvo o jogador Moussa Marega em Guimarães.

“A camisola em questão: solidariedade pelo Marega. Alguns adeptos mediavais vimarenses ainda acreditam que o mundo se divide em duas cores. Daltónicos como os seus equipamentos de cinema mudo”, começa por escrever o actor.

Depois, revela: “Somos um país colonizador por excelência e o racismo estrutural está adormecido, não erradicado. Aflorem à vontade que aqui em 2020 teremos todo o gosto em ceifar-vos essas raízes colonizadoras. Somos um país multicultural de costumes brandos, não podemos permitir estes racismos anedóticos de bancada”, conclui.

Ora veja:

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Chama-se John Speaks, o rapaz que está no beliche à minha frente. Diálogo tanto cordial como forçado está a ser desenhado aqui. São apenas precisas três perguntas de algibeira: “como te chamas?”; “de que país és?” e “o que fazes da vida?”. A preguiça às vezes nem me deixa chegar à terceira. Com o J Dog – como ele gosta de ser apelidado -, é diferente. O que começou com platitudes prosaicas de natureza corriqueira, rapidamente desabrochou numa conversa masculina afável sobre aspirações de vida, filhos e definições não obsoletas de monogamia. • Diz-me que é um americano de gema com raízes taiwanesas que ostenta 105 países visitados. Fala de países com a mesma sofreguidão de um obeso numa loja de doces. Conheceu mais de metade do mundo e tem um plano para a Jordânia. Quer ir a Petra (a 250 kms), ao deserto de Waidi Rum (+ 100 kms), ao Mar Vermelho (+ 100), ao Mar Morto (+ 300) e regressar à capital (+ 70). Isto num dia e meio. De táxi. • [Naquele momento, tive a convicta certeza de que este não é o tipo de viajante que quero ser. Viajar devagar é uma virtude e não quero adormecer o alentejano que vive em mim. Ao contrário dele, não coleciono carimbos no passaporte, coleciono pessoas e fragmentos. Acho mesmo que as boas coisas que levamos desta vida não são coisas. E tantas coisas boas que por aí saltitam.] • São 2 da manhã e a conversa vai longa como uma atleta de salto em altura. Não há problema se lhe der o meu instagram para não perdermos contacto, indago. Não interpreto bem a inexpressividade oriental dele frente à tela do seu IPhone até os seus olhos rasgados virarem duas amêndoas ocidentais. Realmente, é um paradoxo fascinante a forma como uma pessoa reverencia outra por um irrelevante número de seguidores a mais. São desígnios do nosso ADN que nunca irei compreender. • Pergunta-me o porquê de estar num dormitório misto com 4 camas e não num quarto de hotel de 5 estrelas. Quero dizer-lhe que não há experiência mais autêntica que esta e que não procuro conforto nas viagens que faço. Que corro atrás dos meandros da condição humana à luz de diferentes circunstâncias. Quero a antropologia, não a maquilhagem. [continua nos comentários]

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