Carlos III deixa a emoção falar mais alto no primeiro discurso como rei: “A minha querida mãe vai juntar-se ao meu pai”

Estava prometido para as 18h30 e, obedecendo à pontualidade britânica, foi a essa hora exata que Carlos III falou à nação naquele que foi o primeiro discurso enquanto rei de Inglaterra.

Um dia depois de ser anunciada a morte da mãe, o filho mais velho da rainha Isabel II dedicou-lhe um sentido tributo, enaltecendo que “foi uma inspiração” para si e para toda a família real. “Devemos-lhe a maior dívida que qualquer família deve à sua mãe pelo seu amor, afeição, orientação, compreensão e exemplo”, frisou.

Sobre a missão que agora abraça enquanto soberano, este referiu que vê no legado da mãe o maior exemplo: “Essa promessa de um serviço durante toda a sua vida eu renovo perante vós, hoje, aqui, juntamente com a dor pessoal que toda a minha família sente. […] A sua dedicação como soberana, a sua devoção, nunca teve momentos de quebra em momentos de alegria bem como em momentos menos bons”.

Carlos III frisou ainda a capacidade da mãe em alinhar a tradição ao progresso e constatou que o “afeto, a admiração e o respeito que ela conquistou tornaram-se o símbolo do seu reinado”.

O novo rei sublinhou ainda que conta com a “preciosa ajuda” da mulher, Camilla, a rainha consorte, e do herdeiro, William, que agora assume o título de duque de Cornualha, que durante mais de 50 anos pertenceu a Carlos, ao lado de Kate Middleton. Também a Harry e Meghan dedicou palavras de carinho: “Gostaria de expressar o meu amor por Harry e Meghan à medida em que eles continuam a construir as suas vidas do outro lado do oceano”.

E rematou com palavras de grande emoção: “E à minha querida mãe, agora que inicia a sua última grande jornada para se juntar ao meu querido e falecido pai, quero simplesmente dizer isto: obrigado. Obrigado pelo seu amor e devoção à nossa família e à família das nações que serviu tão diligentemente todos estes anos. Que anjos a cantar a levem para um lugar de descanso”.