Bibá Pitta sobre ‘diferença’ da filha: “Foi feita com tanto amor que o cromossoma dela triplicou…”

Esta terça-feira, 7 de setembro, foi para o ar mais um “Casa Feliz”, conduzido por Diana Chaves e João Baião, na SIC. A dada altura, os dois apresentadores receberam Bibá Pitta e a filha, Madalena, de 23 anos, que nasceu com Síndrome de Down.

A socialite começou por destacar a excelente relação entre mãe e filha que ambas mantêm, sobretudo nesta fase:

“A Madalena precisa de companhia, assim como eu preciso, agora é uma fase muito gira porque está tudo a voar, e eu acho que todas as mães sentem aquilo que eu sinto, porque os filhos cada um vai à sua vida (…) e então mais do que nunca eu e a Madalena precisamos uma da outra, não só emocionalmente (…) mas também já não vivo sem ela e ela não vive sem mim”, começou por dizer, fazendo referência ao facto dos restantes filhos já estarem a seguir as suas vidas.

“Este amor é um amor verdadeiro, não é um amor para os outros ver (…)”

Bibá Pitta confessou que, ao contrário do que acontecia quando era mais nova, pensa muito mais no seu futuro e dos seus, sobretudo no futuro de Madalena:

“Penso mais “como é que é?”, “como é que vai ser?” relativamente a tudo… eu tenho uma família consistente, mas …eu não sei o dia de amanhã… esta junção mãe e filha deu-se porque ela precisa de mim mas eu também preciso dela, não é verdade? Porque, por exemplo, para verbalizar ela tem alguma dificuldade (…)”, desabafou.

No final, Bibá Pitta falou um pouco da diferença da filha e o facto de nunca ter tido “pena” nem “vergonha” desta, muito pelo contrário, destacou que sempre encarou a alteração genética de Madalena de forma natural:

“Eu costumo brincar e dizer que a Madalena foi feita com tanto amor que o cromossoma dela triplicou, nunca tive nem pena nem vergonha dela, pena, para ter pena dela tinha que ter pena de mim, que sou mãe dela… e também nunca pensei ‘porque é que foi a mim?’ porque eu estou viva e nunca ninguém nos disse que nós nascíamos para ser felizes, que nada nos ia acontecer e portanto eu estou sempre em abertura e tenho consciência plena que a mim me pode acontecer tudo… o que acontece a qualquer pessoa”.

No final, deixou uma mensagem importante e que segue na sua vida: “Nós temos que ter a capacidade de amar as pessoas como elas são, não como é que nós pintamos (…) cada um tem direito à sua identidade, à sua orientação, à sua liberdade….”.