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BCP aprova 4,9 ME para pensões dos administradores que trabalhadores contestam

Os acionistas do Millennium BCP aprovaram uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos atuais administradores executivos do banco.

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BCP aprova 4,9 ME para pensões dos administradores que trabalhadores contestam

Oeiras, Lisboa, 30 mai (Lusa) – Os acionistas do Millennium BCP, hoje reunidos em assembleia-geral, aprovaram uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos atuais administradores executivos do banco, medida que gerou contestação dos trabalhadores.

De acordo com fonte do BCP, esta proposta foi aprovada com 99,47% de votos favoráveis na reunião magna, que decorre nos edifícios do banco no Taguspark, em Oeiras, contando com cerca de 63% do capital social total presente.

Porém, a medida gerou a contestação da Comissão de Trabalhadores (CT), que marcou presença à entrada da assembleia-geral.

Cristina Miranda, da CT do BCP, disse à agência Lusa que este pagamento extraordinário “gera alguma aflição” aos funcionários.

“Os trabalhadores tiveram cortes nos salários, que ainda não foram devolvidos. Em vez disso, o banco está, prioritariamente, a pagar aos administradores”, criticou, lembrando que os funcionários tiveram, durante três anos (entre 2014 a 2017), uma média de cortes salariais de 6%, dadas as variações entre 3% e 11% consoante o salário base.

Outros membros da CT presentes na ocasião, que preferiram não ser identificados pelo “clima de pressão e de medo” que o banco atravessa, apontaram que a empresa “foi reestruturada e está frágil”, mas, mesmo assim, os acionistas optaram por “aplicar a almofada existente para pagar mais à administração”.

Além disso, “dizem-nos que não há dinheiro para rever a tabela salarial, que não é atualizada desde 2010, mas há dinheiro para fazer esta distribuição” pelos administradores, lamentaram.

O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun, com 27,06% do capital social, sendo a petrolífera angolana Sonangol o segundo maior acionista, com 19,49%, segundo a página do banco na Internet. Já o Grupo EDP tinha 2,11% do capital social.

Em conjunto, estes três acionistas, que levam à assembleia-geral a proposta dos novos membros do Conselho de Administração, têm mais de 48% dos direitos de voto.

Ainda segundo informações divulgadas ao mercado, em fevereiro, o fundo de investimento norte-americano BlackRock tinha 2,73% do BCP e o Norges Bank 1,76%.

ANE (IM)

Lusa/fim

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