Aposta entre João Manzarra e Bruno Nogueira leva cidadão a fazer queixa à ERC

Num dos episódios de ‘Como É Que O Bicho Mexe’, em direto do Instagram de Bruno Nogueira de segunda a sexta durante o período de quarentena, o humorista e João Manzarra fizeram uma aposta.

João Manzarra foi desafiado por Bruno Nogueira a dizer a palavra “sémen” durante uma entrevista na SIC Notícias que, contou também com a participação do psicólogo Mauro Paulino.

O apresentador cumpriu o desafio e no inicio da conversa que, se centrava nas situações de abandono e de adoção de animais em plena pandemia, disse à jornalista: “[Estou também aqui como] alguém que muitas vezes recebe pedidos de associações e de pessoas que perderam animais. E recebo muitos pedidos bizarros, desde pessoas que perguntam se devem rapar os pelos dos cães, se devem fazer recolha de sémen”. 

A palavra “sémen” ofendeu entretanto um telespectador que acabou por fazer queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). No entanto, esta sexta-feira, 14 de Agosto, a ERC pronunciou-se sobre a alegada queixa, explicando que não cabe a esta entidade sindicar o “bom ou o mau gosto” do entrevistado, relativamente ao uso de palavras ou  expressões.

“A utilização da palavra «sémen», denunciada pelo participante, não revela indícios de comprometer qualquer disposto legal ou deontológico, tratando-se de um termo científico cuja utilização não compromete de forma alguma o livre desenvolvimento da personalidade de crianças e adolescentes”, explica a ERC no artigo de deliberação publicado, referindo que não foram ultrapassados os limites à liberdade de programação.

A participação contra a edição de 5 de maio de 2020 do noticiário ‘Jornal da Meia-Noite’, na SIC Notícias, foi feita à ERC por um cidadão que acredita terem sido violados os limites à liberdade de programação que, segundo a lei da televisão nº27/2007, consiste no dever da programação televisiva de “respeitar a dignidade da pessoa humana e os direitos, liberdades e garantias fundamentais”.

Veja o excerto da entrevista a João Manzarra: