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Após comentário “polémico” de Joana Latino, Nuno Markl reage: “Não é bonito…”

Nuno Markl “reagiu” num longo post deixado na sua conta de Instagram: “A classe artística não é queixinhas…”, considerou.

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Após comentário “polémico” de Joana Latino, Nuno Markl reage: “Não é bonito…”
Nuno Markl/Instagram

Joana Latino está a ser “arrasada” nas redes sociais, depois de ter feito um comentário sobre os artistas nacionais.

No programa “Passadeira Vermelha”, a jornalista afirmou que estes “devem mexer-se” ao invés de “fazerem tantos discursos miserabilistas”, utilizando os diretos de Bruno Nogueira como exemplo:

“Se calhar deviam olhar para este exemplo, desta equipa (…) que teve uma trabalheira durante dois meses. Fizeram o inimaginável, que foi transformar a adversidade na melhor coisa possível”.

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Confrontado com toda esta polémica, que se tornou viral na Internet, Nuno Markl, que fez parte de “Como É Que O Bicho Mexe?”, nome dado aos diretos de Bruno Nogueira, fez questão de reagir.

“Não é bonito ver o #comoéqueobichomexe ser usado como arma de arremesso contra a classe artística, como se os directos do Bruno se revelassem… a solução mágica para os graves problemas de uma quantidade tremenda de profissionais da cultura”, começou por escrever.

O radialista considerou “grosseiro e demagógico” pensar-se que os diretos, dos quais fez parte, são e foram uma forma de “ganha-pão para os seus intervenientes” até porque, como adianta, nenhum dos integrantes “está a passar fome”, ao contrário de muitas pessoas:

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“Diria até que todos os que entrámos nesta aventura do Bruno somos bastante privilegiados: a nenhum de nós falta trabalho, nenhum de nós está a passar fome. Mas há muita gente que está, e não são só “os artistas”, são todos os profissionais cuja vida depende das mais diversas actividades culturais (…)”.

No final, Nuno Markl saiu em defesa da classe artística, referindo que esta “não é queixinhas”:

“É feita de muita gente com vidas, com famílias, e que há meses que tem a sua vida suspensa, com tanto trabalho adiado sine die, ou mesmo definitivamente cancelado”, frisou.

Vê o post completo aqui:

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Não é bonito ver o #comoéqueobichomexe ser usado como arma de arremesso contra a classe artística, como se os directos do Bruno se revelassem, afinal, a solução mágica para os graves problemas de uma quantidade tremenda de profissionais da cultura, em extraordinárias dificuldades nestes tempos. É grosseiro e demagógico, quase num nível Bolsonárico, que se levante a questão “De que se queixam, se está provado que é só ligar o Instagram e criar uma oportunidade de trabalho?”. O Bicho nunca foi, nem pretendeu ser um modelo de negócio ou um ganha-pão para os seus intervenientes. Diria até que todos os que entrámos nesta aventura do Bruno somos bastante privilegiados: a nenhum de nós falta trabalho, nenhum de nós está a passar fome. Mas há muita gente que está, e não são só “os artistas”, são todos os profissionais cuja vida depende das mais diversas actividades culturais. Achar que é só improvisar uns directos, lembra os gurus empreendedores que, no auge da crise – e eles devem estar a reaparecer – diziam que cabia ao povo não se queixar e ter motivação e criatividade, o que é a falácia mais manhosa e insultuosa de sempre. Além disso, atacar os agentes da cultura é retórica facha: a ideia de que a arte é coisa supérflua, que há “coisas mais importantes” e que a vida de artista se resolve com um estalar de dedos é pantanosa, triste e injusta. A classe artística não é queixinhas – é feita de muita gente com vidas, com famílias, e que há meses que tem a sua vida suspensa, com tanto trabalho adiado sine die, ou mesmo definitivamente cancelado.

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