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Agressão de Vera a Dylan é tema em programa criminal da TVI: “Isto é potencialmente um crime…”

A agressão aconteceu num contexto de reality show, mas já está a ser julgada a nível criminal…

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em

Reprodução TVI

A agressão de Vera a Dylan aconteceu num contexto de reality show, em que os concorrentes estão fechados numa casa e sob pressão, mas a realidade é que já está a ser julgada, pela própria TVI, a nível criminal.

No programa ‘TVI – Em cima da hora’ desta segunda-feira, 20 de outubro, Conceição Queiroz introduziu o tema: “Na casa mais vigiada do País também se registou um episódio de total descontrolo dos impulsos. Acabou em violência, com várias chapadas“. Depois, a jornalista lançou a questão: “Justifica ter reagido desta forma?“.

A psicóloga Inês Balinha Carlos foi a primeira a dar a sua opinião: “Um dos maiores mitos da violência doméstica é: ele provocou, ela provocou. Independentemente do que seja dito, nada justifica qualquer espécie de violência. O ser humano não tem que reagir ao que o outro faz, tem que agir de acordo com os seus valores, as suas virtudes e a sua sabedoria. Portanto, aquilo que eu acredito é que foi um péssimo exemplo e espero que seja punida, porque nada justifica a violência e não é tornando-nos iguais às pessoas que nos agrediram que nós vamos sequer cuidar do que quer que seja“.

A escuridão não se combate com a escuridão, é com luz. O ódio não se combate com o ódio, é com o amor. Portanto, nós temos claramente que dar outros princípios, outra educação e formas de vencer o conflito. O conflito resolve-se conversando, porque nós somos pessoas inteligentes emocionalmente. O conflito resolve-se com assertividade, o conflito resolve-se com o perdão. A partir do momento em que a única ferramenta que nós temos é o estalo, porque se fosse ao contrário, se fosse um rapaz a bater uma rapariga, isto seria muito mais terrível e não pode ser, porque 10 mil casos este ano de violência foi feita sobre os homens e que não podem ser desqualificados só porque os homens, na sua grande maioria de agressores, são homens, isto não está correto“.

Seguiu-se a intervenção do jornalista Miguel Fernandes: “Vi muita gente a defender esta agressão, vi até um colega nosso que assumiu em direto a defesa desta agressão, dizendo que só se combate este tipo de homem com atitudes destas, com uma chapada. Eu digo que isto é potencialmente um crime, isto que nós vemos ali é uma agressão. Mesmo que aquela senhora tenha sido alvo de comentários infelizes e comentários que a possam ter ofendido, a verdade é que foram palavras. Se cada concorrente que vai a um programa destes reagisse à chapada cada vez que alguém é ofensivo, diz algo que não deve, nós passávamos o dia a assumir que isto é aceitável. Aquilo pode ser identificado como um crime, é uma agressão, não há volta a dar a isto. Não vale a pena querer desculpar uma agressão com várias chapadas, tendo em conta que a senhora se sentiu ofendida porque outra pessoa ofendeu ou disse qualquer coisa“.

Por fim, o jornalista referiu: “Uma agressão física não é desculpável, respeito quem tenha a opinião contrária, mas todas as pessoas que desculpam este comportamento depois não têm legitimidade para exigir ao Estado reações ou proteção para quem agride. E por isso é que eu dizia há pouco que tudo começa em casa, nós temos de dar o exemplo, mesmo que nos sintamos ofendidos, mesmo que alguém ultrapasse as marcas, temos que liderar pelo exemplo, temos que dizer que isto é inaceitável“.

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