Agir responde a Fernando Tordo: “90% da música portuguesa […] é para atrasados mentais…”

Fernando Tordo, uma das mais carismáticas vozes da música portuguesa, foi o convidado do podcast ‘Posto Emissor’, da revista “Blitz”, e confessou o seu ponto de vista sobre o panorama musical nacional.

“A música vai reganhar a sua dignidade porque, atualmente, 90% do que ouvimos não tem qualquer dignidade. É uma coisa para atrasados mentais. Eu tenho de dizer isto porque eu agora digo tudo como os malucos. Digo em consciência, digo por experiência”, pode ler-se no Expresso que citou a conversa.

Entre muitos outros que já se mostraram indignados com as palavras de Fernando Tordo, Agir deu resposta (com classe) ao ponto de vista levantado pelo cantor: “Querido Fernando, gostava de começar por dizer que o admiro imenso, a si e a toda a sua obra. Cresci com ela e consigo sempre por perto, através dos meus pais, daí nutrir por si uma estima singular”, começa por escrever.

“Confesso que fiquei triste por ler estas declarações. Ainda não fui ver a entrevista completa mas este pequeno excerto não deixa grande margem para dúvidas. Passámos e ainda estamos a passar uma fase complicadíssima para o nosso sector, fase essa na qual devíamos estar mais unidos do que nunca. Mesmo que até possamos não compreender ou gostar do trabalho um dos outros, estes tempos têm de ser de empatia e fraternidade”, pode ler-se ainda.

“Faço por compreender os motivos que o possam ter levado a prestar tais declarações. Há uns tempos, outro colega nosso também teceu comentários idênticos e “saltou-me a tampa” rapidamente, tido também eu sido infeliz com a resposta que dei”, acrescentou o músico.

“Aqui, procuro ser mais calmo e ponderado mas não deixando de demonstrar a minha tristeza. Terá sido um momento infeliz mas acredite que o que não falta, hoje em dia, são autores e intérpretes que só prestigiam a nossa língua e a nossa música. Terei todo o gosto em dá-los a conhecer ao Fernando, de preferência à mesa. Tenho a certeza que irá gostar, tanto da nova música como da refeição. Forte abraço”, concluiu Agir que recebeu muitos elogios.

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