“Acham que são super modernos, ela tem influência sobre ele. Vitimizam-se”

É inconveniente e está a causar turbulência, dentro e fora da Casa Real britânica. ‘Spare’, em português traduzido para ‘Na Sombra’, chegou às livrarias esta terça-feira, 10 de janeiro, depois de dias a dominar manchetes nos quatro cantos do mundo.

Não bastou a polémica entrevista a Oprah Winfrey, em março de 2021, ou o documentário ‘Harry & Meghan’, lançado pela Netflix em dezembro passado. Harry, o mais novo dos dois filhos de Carlos III e Diana, quis contar a sua história na primeira pessoa ao longo de quase 500 páginas.

“Não li”, admite, à Hiper FM, José de Bouza Serrano, autor de ‘As Famílias Reais dos Nossos Dias’ (2018) e ‘A Viúva de Windsor’ (2022).

O antigo diplomata revelou-nos que a autobiografia do príncipe Harry não lhe despertou particular atenção. Vai, aliás, mais além e atira que Harry “se tem portado muito mal” no que diz respeito à gestão das crises familiares. “A monarquia tem as suas regras. Eles [Harry e Meghan Markle] acham que são super modernos, ela tem influência sobre ele. Vitimizam-se, que é uma coisa que me irrita muito”, acrescenta.

Questionado sobre uma possível reação por parte da Casa Real, em jeito de defesa às acusações, Bouza Serrano descarta que a família se manifeste através de um comunicado. “Não haverá reação nenhuma. Quanto muito, [William e Harry] reúnem-se com o pai… O pai gosta muito dos filhos, naturalmente”.

Na sua opinião, a grande ‘prova dos nove’ será a Coroação de Carlos III, marcada para 6 de maio. A reconciliação entre Harry e a restante família real, defende, poderá acontecer, uma vez que para o rei seria muito “importante” ter os dois filhos juntos num momento tão especial.