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Aborto: “Pipoca Mais Doce” reage ao discurso do fundador da Prozis: “Jamais conseguirei aceitar…”

A influenciadora “respondeu” às explicações do fundador da Prozis sobre a sua posição “anti-aborto”…

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Aborto: “Pipoca Mais Doce” reage ao discurso do fundador da Prozis: “Jamais conseguirei aceitar…”
Reproduções | Redes sociais

Miguel Milhão, fundador e “filósofo de marca” da Prozis, tem estado debaixo de fogo nas redes sociais depois de no passado domingo ter “celebrado”, através de uma publicação na rede social Linkedin, a revogação do direito ao aborto nos Estados Unidos que já está em vigor em vários estados.

Parece que os bebés não nascidos têm os seus direitos de volta nos Estados Unidos. A natureza está a curar-se“, escreveu na altura.

O empresário esteve hoje em direto no Youtube a explicar o que quis dizer com a frase, e acabou por tentar separar aquela que é a sua opinião contra o aborto da marca que fundou: “O pessoal pode fazer o que quiser, isto não vai mudar. Cada um tem as suas ideias e as minhas ideias são as minhas ideias, não são as ideias da Prozis. A Prozis não tem ideias, a Prozis é uma empresa que vive para produzir bens e serviços, é tão simples quanto isso“, esclareceu Miguel Milhão.

Atenta às explicações de Miguel Milhão esteve Ana Garcia Martins que num longo texto começa por sublinhar que cada um tem o direito à sua opinião: “Ouvi atentamente o directo do Miguel Milhão, da Prozis, sobre a sua militância anti-aborto, porque queria entender melhor a opinião dele e dar a minha de forma mais fundamentada. Como é óbvio, o Miguel tem direito à sua opinião e respeitarei sempre esse direito. Posso é não concordar, e se a opinião foi manifestada publicamente, numa rede social, então é normal que haja reacções”, começa por explicar.

A “Pipoca Mais Doce” confessa-se depois chocada, não com a posição anti-aborto de Miguel Milhão, mas com a ideia de que essa teoria deve ser aplicada a todas as mulheres: “O que me incomoda não é o Miguel ser anti-aborto, mas sim achar que essa teoria deve ser aplicada a TODAS as mulheres. No limite, poderá opinar em sua casa (opinar, repito, e não decidir, porque a palavra final será SEMPRE da mulher), mas não cabe a nenhum Miguel desta vida decidir o que eu, a minha amiga ou qualquer outra mulher pode fazer com o SEU corpo”, começa por explicar.

E por isso me incomoda, entristece e preocupa que o Miguel tenha celebrado um retrocesso tão grande como é o da revogação do direito ao aborto nos Estados Unidos. Incomoda-me que os direitos de um “bebé por nascer” sejam tidos como superiores aos de uma mulher que já tem existência, uma história, vontade própria e que, por 1001 motivos que só a si dizem respeito, pode sentir não ter condições para trazer uma criança ao mundo. A nova lei levará a que milhões de mulheres tenham, em caso de necessidade, de fazer um aborto em condições precárias, perigosas, clandestinas”, prossegue a influenciadora.

“Acharmos que isto não tem nada a ver connosco, que é só uma coisa que está a acontecer num país distante, é perigoso e falacioso. Porque é um precedente grave que está a ser aberto, uma violação a um direito que já tinha sido adquirido, a interferência abusiva numa decisão que deveria ser pessoal. E acho que isso deveria ser um motivo de preocupação transversal numa sociedade (que se quer) global”, pode ler-se ainda.

A influenciadora concluiu o texto, que foi amplamente aplaudido na caixa de comentários, revelando que nunca aceitará que se limite coletivamente uma liberdade: “Claro que isto não deixa de lado a necessidade urgente de reforçar a aposta em educação sexual, em planeamento familiar, num bom sistema de saúde, em métodos anti-concepcionais, etc, etc. Eu percebo, mesmo, que haja quem se posicione contra o aborto. Mas sempre e exclusivamente a título individual, decidindo e opinando sobre o que quer para si. Quando passa para o plano colectivo e para a potencial limitação de uma liberdade alheia, lamento, jamais conseguirei aceitar 🤷🏼‍♀️”, concluiu.

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