Anti Trump: Starbucks vai contratar 10 mil refugiados nos próximos 5 anos

O CEO da Starbucks, Howard Schultz, levantou a sua voz contra a ordem executiva sobre imigração do Presidente Donald Trump, e está a aumentar o compromisso da empresa, prometendo contratar 10.000 refugiados ao longo dos próximos cinco anos.

A ordem executiva de Trump, que impôs uma proibição mínima de 90 dias a imigrantes e refugiados de sete países de maioria muçulmana (Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Iêmen e Síria, com os sírios a serem proibidos indefinidamente), causou uma onda de críticas, incluindo os principais executivos e fundadores de empresas dos Estados Unidos.

O fundador e CEO da Airbnb, Brian Chesky, disse que a sua empresa vai fornecer alojamento gratuito aos refugiados, e a qualquer pessoa não autorizada nos Estados Unidos; o co-fundador do Google,Sergey Brin, juntou-se a um protesto no Aeroporto Internacional de San Francisco; e os CEOs de Tesla, Facebook, Apple e Microsoft têm tweetado de forma a expressarem publicamente sua desaprovação.

Mas, numa carta aos funcionários da Starbucks na noite de domingo, Schultz anunciou uma das mais fortes convicções corporativas até agora.

“Escrevo-te hoje, com profunda preocupação, um coração perturbado e uma certa promessa”, começou Schultz, dizendo que ele quer que os seus funcionários saibam que “não permanecerá impassível e silencioso como a incerteza em torno das ações do novo governo, que cresce a cada dia que passa”.

Citando a “longa história” da empresa no que diz respeito ao recrutamento de jovens que procuram oportunidades, Schultz partilhou seus planos de contratação:

“Há mais de 65 milhões de pessoas no mundo reconhecidas como refugiados pelas Nações Unidas, e estamos desenvolvendo planos para contratar 10.000 deles ao longo dos próximos cinco anos em 75 países à volta do mundo onde a Starbucks faz negócios”, escreveu.

“E nós começámos este esforço aqui nos Estados Unidos focando os nossos esforços de recrutamento naqueles que têm servido com as tropas norte-americanas como intérprete,s e pessoal de apoio em vários países onde os nossos militares tenham solicitado esse apoio.”