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António Raminhos partilha desabafo após dia difícil: “Invadiu-me uma sensação de ansiedade…”

O humorista luta há vários anos contra crises de ansiedade e Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC).

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António Raminhos partilha desabafo após dia difícil: “Invadiu-me uma sensação de ansiedade…”
Reprodução Redes sociais

António Raminhos recorreu esta segunda-feira, dia 23 de outubro, às redes sociais para voltar a debater sobre um assunto muito importante: a saúde mental.

O humorista, que luta há vários anos contra crises de ansiedade e Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC), recorre frequentemente à conta pessoal do Instagram para falar sobre como vai lidando com os distúrbios, de forma a ajudar as pessoas com os mesmos problemas. Nesta segunda-feira não foi exceção, uma vez que passou o dia a sentir-se bastante ansioso.

Não é um post de piedade. É uma partilha daquilo que é. E, porque se assim é para mim, bem sei que será para muitos. Cada um de nós pelas suas razões. Hoje está difícil. Invadiu-me uma sensação de ansiedade e medo que não me tem abandonado ao longo do dia. Estive duas semanas fora da minha zona de conforto, seis dias em casa e já estou fora para gravar e colocar-me de novo em dúvida”, começou por escrever na legenda da publicação.

No seguimento desta publicação, António Raminhos revelou o que fez para lidar com esta situação: “Hoje, a meio da manhã, soou aquela voz: “não quero estar aqui, tenho medo”. O aperto no peito, a sensação de vazio e quase de estar à parte da realidade. Apercebi-me logo, tomei consciência e fui respirar fundo só uns segundos. Já meditei, já descansei, mas ela cá está. E eu vou fazer o que tenho a fazer. E amanhã… e depois. Fazer o que tenho a fazer sempre dentro do possível, sem julgamentos e independentemente da voz e das sensações estarem cá ou não. Fazem parte de mim. Hoje menos do que antes, mas ainda cá. Para quem está de fora, pode olhar e pensar: ” fogo, sempre a passear, estás a queixar-te de quê?!” Quem me dera que fosse de nada! Mas não escolhi esta guerra que, geralmente, surge nestes momentos de “suposta” felicidade. A minha escolha não está em quando surge, mas o que faço com isso”, afirmou.

“Essa é a grande diferença. A relação que procuro estabelecer com a ansiedade ou a POC. Acolher as sensações e entendê-las, mas sem lhes dar grande atenção. Nós não somos os nossos pensamentos. São apenas reflexos da nossa história, crenças, experiências… e às vezes nem são nada disso! São só… coisas da cabeça. Não são a realidade, nem sequer uma certeza do quer que seja. Ganham essa importância quando lhes dirigimos a total atenção. Por isso, é conviver com empatia e compaixão com aquilo que nos vai na mente e seguir caminho fazendo o que é suposto fazer. E o que é suposto fazer? Parar, aceitar e procurar desfrutar o momento apesar dos medos. E escrever! No meu caso ajuda e espero que ajude. 🙂 E agora lá vou fazer o que tenho a fazer”, terminou.
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