Luísa Castel-Branco recorda atropelamento do filho: “Lembro-me de o carro lhe passar por cima…”

Luísa Castel-Branco concedeu uma entrevista à revista “TV Guia”, que foi para as bancas nesta quinta-feira, 17 de novembro. A escritora falou, maioritariamente, sobre o seu novo livro “O Amor é uma invenção dos pobres” e as revelações que nele são descritas.

A dada altura, a também comentadora da TVI recordou ainda um episódio marcante, que se esqueceu de partilhar na obra: o atropelamento do filho, António Castel-Branco, de 43 anos. “Só quando entreguei o livro é que me lembrei que não o tinha escrito”, começou por referir.

Luísa Castel-Branco ‘abriu o coração’ sobre o dia em que o filho sofreu o acidente, admitindo que foi o pior momento da sua vida.

“Lembro-me de ir  a correr para o salvar, de o carro lhe passar por cima, de ele ficar debaixo do Alfa Romeo. Ninguém pensou que ele tivesse sobrevivido”, recordou depois, destacando que, no momento, deixou de ouvir as vozes das pessoas.

“De repente o António rasteja por baixo do carro e só tinha um arranhão pequeno na testa. O médico disse-me: “Não se esqueça do dia de hoje, isto foi um milagre”. Esse momento é de tal forma traumático que tudo o que sofri e está no livro não tem importância nenhuma. Nada. Esqueci-me porque é um filho e aniquila toda a dor. O momento em que vi o António ficar debaixo do Alfa Romeo é o pior da minha vida. Pior do que os AVC’s, pior do que os abusos”, confessou.

 

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