Mundo
Hospital quer desligar as máquinas, mas os pais lutam para salvar o bebé
Um juiz do Supremo em Inglaterra homenageou hoje os pais “totalmente devotos” de um bebé doente que, agora, recebeu um mês para provar que ele deve ser permitido viver, mesmo contra a opinião dos médicos.
Chris Gard e Connie Yates ganharam hoje uma batalha judicial contra o hospital onde está internado o filho, de seis meses, diagnosticado com uma doença extremamente rara e, aparentemente, sem possibilidades de cura.
O pequeno Charlie tem síndrome de depleção mitocondrial, uma condição que absorve a energia dos seus órgãos e músculos, e que o impede de viver sem suporte básico de vida. O caso é tão raro que se acredita que este é apenas o 16º caso de um pessoa diagnosticada em todo o mundo.
Os pais de Charlie estiveram hoje em tribunal a pedir permissão para o filho fazer um tratamento pioneiro nos EUA, em vez de deixá-lo morrer.
O juiz Francis disse-lhes: “Este é um dos casos mais difíceis que vi neste tribunal”, e definiu uma data de audiência final, para 3 de Abril.
Ele disse que os médicos americanos seriam agora convidados a “preparar uma proposta” para tratar Charlie, acrescentando: “Os pais acreditam que há uma possibilidade de ele ser tratado num hospital nos Estados Unidos, e estão a tentar levantar o dinheiro”.
Mas o “Great Ormond Street Hospital” em Londres, onde o bebé Charlie está internado, disse ao juiz que todos os dias em que ele está vivo “é um dia que não é do melhor interesse da criança”, e gostaria que o suporte de vida fosse retirado na Páscoa, para que ele pudesse morrer com “dignidade”.
“Tentámos dar ao Charlie a melhor hipótese de sobrevivência possível, mas a sua condição deteriorou-se e sentimos agora que esgotámos todas as opções. Sabemos que é extremamente angustiante para a família e estamos disponíveis para a apoiar como pudermos, mas defendemos aquilo que achamos melhor para o Charlie”, explicou ao Daily Mail um porta-voz do hospital.
Os pais não se conformar, e querem recorrer a um tratamento pioneiro nos Estados Unidos que, acreditam, pode fazer Charlie sobrever.
Para o tratamento precisam de um milhão de dólares, e estão numa corrida contra o tempo para angariar o valor necessário através de doações. Para isso abriram uma página Gofundme.
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